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SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO NA INFORMALIDADE

DESAFIOS E SOLUÇÕES

A informalidade no mercado de trabalho brasileiro é uma realidade que atinge milhões de pessoas. Segundo dados do IBGE, em 2023, cerca de 39% da população ocupada no país atuava na informalidade, o que equivale a mais de 38 milhões de trabalhadores sem registro em carteira, acesso à previdência social ou direitos trabalhistas garantidos.

Em meio a essa realidade, a discussão sobre saúde e segurança no trabalho nas empresas informais torna-se ainda mais urgente. Como garantir condições dignas e seguras de trabalho quando a própria relação trabalhista não é formalizada? Quais os riscos mais comuns enfrentados por trabalhadores informais? E quais são os caminhos possíveis para proteger essas pessoas?

A INFORMALIDADE E SEUS RISCOS OCUPACIONAIS

Trabalhadores informais muitas vezes estão expostos aos mesmos riscos — ou até riscos maiores — que os formais, mas sem os recursos, treinamentos ou equipamentos adequados. Eles atuam em diversos setores: construção civil, serviços domésticos, ambulantes, pequenos comércios, oficinas, motofretistas, agricultura familiar, entre outros.

PRINCIPAIS RISCOS ENFRENTADOS:

  • Ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
  • Falta de capacitação técnica ou treinamentos de segurança
  • Ambientes de trabalho improvisados ou inadequados
  • Longas jornadas e ausência de pausas
  • Desconhecimento de direitos trabalhistas e previdenciários
  • Exposição a produtos químicos ou máquinas sem proteção

Esses fatores aumentam a probabilidade de acidentes, lesões, doenças ocupacionais e afastamentos, muitas vezes sem qualquer tipo de suporte legal ou previdenciário.

OCUPAÇÕES INFORMAIS COM MAIOR RISCO DE ACIDENTES

Construção Civil42%
Agricultura Familiar29%
Motoboys / Entregadores18%
Serviços Domésticos7%
Pequenos Reparos4%

Fonte: Relatório da Fundacentro, 2023

FALTA DE COBERTURA PREVIDENCIÁRIA

A informalidade também significa desproteção previdenciária. Em caso de acidente de trabalho, o trabalhador informal não tem direito automático ao auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou reabilitação profissional.

Muitos sequer contribuem com o INSS como contribuinte individual ou MEI, ficando totalmente desamparados em caso de incapacidade temporária ou permanente.

ALTERNATIVAS E CAMINHOS PARA A PROTEÇÃO

Embora a informalidade apresente muitos desafios, existem caminhos possíveis para promover saúde e segurança nesse cenário:

1. REGULARIZAÇÃO COMO MEI

O MEI é uma porta de entrada importante para a formalização de pequenos negócios e autônomos. Ao se formalizar, o trabalhador passa a ter acesso à previdência social, aposentadoria, auxílio-doença, licença-maternidade e até possibilidade de emitir nota fiscal.

2. EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO

Campanhas de conscientização, cursos gratuitos e orientações sobre uso de EPIs, manuseio de ferramentas, prevenção de doenças e organização do ambiente de trabalho são estratégias eficazes. Iniciativas comunitárias ou de ONGs têm atuado nesse sentido.

3. PARCERIAS COM COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES

Cooperativas de catadores, costureiras, agricultores, entre outros, têm se organizado para oferecer melhores condições de trabalho e compra coletiva de EPIs e equipamentos, além de apoio jurídico e social.

4. ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO

Políticas públicas voltadas para microempreendedores e trabalhadores informais são fundamentais. Programas como o “Brasil Mais Empreendedor” ou mutirões de formalização têm contribuído para a transição gradual da informalidade para modelos mais protegidos.

Benefícios percebidos por trabalhadores informais que se tornaram MEIs

BenefícioPercentual (%)
Acesso à Previdência76%
Facilidade para emitir nota fiscal58%
Reconhecimento como profissional47%
Melhora na gestão do negócio36%

Fonte: SEBRAE, 2022

SENÃO VEJAMOS

A saúde e segurança do trabalho não podem ser um privilégio exclusivo dos trabalhadores formais. Em um país onde quase 4 em cada 10 pessoas trabalham sem carteira assinada, é preciso olhar com atenção para esse grupo e criar soluções acessíveis e sustentáveis.

A informalidade não pode ser desculpa para a precariedade. Com informação, organização, incentivo e políticas públicas, é possível transformar realidades e garantir que todos os trabalhadores — formais ou informais — tenham o direito básico de trabalhar com dignidade e segurança.

Claudinei

Engenheiro de Segurança do Trabalho e cooperador cristão. Hoje sou um "senior" marcando presença na web, criando conteúdo sobre Finanças Familiares pra ajudar as famílias brasileiras a organizarem melhor a vida financeira — com fé, foco e um passo de cada vez!

Claudinei

Engenheiro de Segurança do Trabalho e cooperador cristão. Hoje sou um "senior" marcando presença na web, criando conteúdo sobre Finanças Familiares pra ajudar as famílias brasileiras a organizarem melhor a vida financeira — com fé, foco e um passo de cada vez!

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